Dificuldades no embarque derruba exportações de madeira

Blog WoodFlow Dificuldades no embarque derruba exportações de madeira

10 de setembro de 2024

Dificuldades no embarque derruba exportações de madeira

Dificuldades no embarque derrubam exportações de madeira


As exportações de produtos madeireiros tiveram uma ligeira queda em agosto. A redução de 21% na comparação com julho, nos volumes dos produtos monitorados pela WoodFlow, é um reflexo da dificuldade de embarques enfrentada pelos exportadores. 

Segundo o CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo, muitas empresas estão com essa dificuldade. "Mesmo superando os outros desafios brasileiros como custo de produção e a logística até o porto, os exportadores de madeira não tem certeza se sua carga vai embarcar no navio. E essa ausência de embarques está afetando muito o setor", disse.

Mês passado, foram exportados cerca de 460 mil metros cúbicos, enquanto em julho deste ano foram cerca de 590 mil metros cúbicos. Na comparação com o mesmo mês de 2023, o volume de material madeireiro exportado em agosto de 2024 foi 12% menor. Ao comparar os preços pagos pelos produtos analisados, a redução é de 8% anual e de 14% na comparação mensal. 

Fonte: WoodFlow com dados ComexStat

Essa situação de incerteza nos embarques brasileiros para o exterior é uma realidade que os empresários enfrentam desde o último trimestre de 2023. A alta concorrência por espaço nos navios, o custo dos fretes marítimos e outras adversidades na cadeia brasileira, são, de acordo com Gustavo, os entraves que puxam para baixo o volume de vendas para o mercado externo.

Movimentação nos portos

Segundo dados do Portal Estatístico Aquaviário, da Antaq, os embarques de contêineres com cargas de madeira, nos portos do sul do país, cresceram 30% nos primeiros seis  meses de 2024. Mas o dado que chama atenção é que o porto de Navegantes (SC) que concentrava a maioria das exportações desse tipo, no sul do país, teve um decréscimo de 22% no embarque de cargas de madeira. Enquanto os portos de Paranaguá (PR) e Itapoá (SC) tiveram acréscimos de 84% e 14%, respectivamente. 

"Acredito que essa alteração de pontos de embarque de contêineres de madeira se deve, principalmente, às obras no porto de Navegantes (SC). Porém, a ida dos produtos para outros portos, que tradicionalmente operam com mais tipos de cargas, aumenta a concorrência pelos embarques. Por exemplo, as cargas de compensados em Itapoá (SC), que é um porto menor, representaram 4% de todos os embarques no primeiro semestre, segundo os dados estatísticos da Antaq", explicou Gustavo.






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