08 de julho de 2024
Impacto do aumento do frete marítimo
O frete marítimo continuou em alta em junho de 2024, impactando diretamente as exportações brasileiras. Vários fatores contribuíram para esse cenário desafiador, entre eles os ataques de rebeldes no Mar Vermelho, que forçaram o desvio de rotas marítimas e aumentaram o tempo de trânsito em até 20 dias. Esse desvio elevou os custos com combustível, seguros e disponibilidade de contêineres.
Além disso, a forte demanda por bens de consumo nos EUA, impulsionada pela retomada econômica, aumentou significativamente a demanda por serviços de transporte marítimo. O movimento de "nearshoring" no México, com empresas trazendo produção de volta para a região, também intensificou o tráfego na rota Ásia-América Latina, resultando em uma escassez de contêineres, conforme informações do Libraport.
De acordo com levantamentos do Cheap2ship, o frete médio na rota Ásia-Brasil chegou a atingir US$ 8.000 por contêiner de 40 pés em maio. Especialistas preveem que os custos do frete marítimo internacional devem continuar subindo, com projeções de aumento de até 10% até o final de 2024, segundo a Forbes.
Para amenizar esses desafios, algumas soluções estão sendo implementadas, como a busca por rotas alternativas e transbordos em portos menos movimentados para contornar a escassez de espaço, conforme reportado pela Money Times.
Para as exportações brasileiras, o aumento do frete marítimo pode ser parcialmente compensado pela valorização do real. No entanto, para as importações, o impacto será mais severo, com o custo sendo repassado diretamente ao preço final dos produtos, segundo a Forbes.
