Blog WoodFlow Setor madeireiro se mantém estável em julho e serrado de pinus surpreende
08 de agosto de 2025
As exportações brasileiras de produtos madeireiros apresentaram certa estabilidade entre junho e julho de 2025. Os dados são do portal ComexStat e mostram que a variação foi de apenas 3% tanto em volume quanto em valor. No entanto, um dado específico chamou a atenção: o crescimento das exportações de madeira serrada de pinus.
Fonte: WoodFlow, com dados ComexStat.
Em julho, o volume exportado de serrado de pinus aumentou 9% em relação a junho. O valor também registrou alta de 10%, totalizando US$ 62,5 milhões. A maior parte destinada aos Estados Unidos, que responderam sozinhos por US$ 26,8 milhões, o que representa um crescimento de 10% sobre o mês anterior.
Esse movimento colocou o serrado de pinus, pela primeira vez, à frente do compensado de pinus em valor exportado. Tradicionalmente líder da pauta madeireira, o compensado de pinus ficou em segundo lugar, com US$ 61,3 milhões exportados no mês.
Em julho de 2025, o serrado de pinus representou 48% de todo o volume exportado de produtos madeireiros do Brasil. Em seguida, aparecem o compensado de pinus (33%) e a tora de eucalipto (10%). Já em termos de valor, o serrado de pinus também liderou, com US$ 62,5 milhões, acima do compensado de pinus (US$ 61,3 milhões). Juntos, esses dois produtos responderam por mais de 75% do total exportado, em valor, no mês.
Fonte: WoodFlow, com dados ComexStat.
Fonte: WoodFlow, com dados ComexStat.
Para Gustavo Milazzo, CEO da WoodFlow, o acompanhamento mensal desses dados se torna ainda mais estratégico diante das mudanças no comércio internacional.
“Os números de julho mostram uma performance muito parecida com a do ano passado, mas o cenário pode mudar nos próximos meses. Com a entrada em vigor das novas tarifas de importação dos Estados Unidos no último dia 6, os exportadores brasileiros precisam acompanhar os dados de perto e agir com agilidade. Essa mudança em nosso principal comprador pode impactar diretamente o volume e o valor das exportações nos próximos meses”, finalizou Gustavo.